domingo, 31 de maio de 2009

O que sabemos sobre a vida?

Da morte!
A única coisa que temos certeza é que vamos morrer e, ainda assim, a morte é o acontecimento que mais surpreende as pessoas.

É tão estranho pensar que não sabemos nada do amanhã...
À vezes agimos como se tivéssemos controle sobre a vida, como se soubessemos exatamente o que vamos fazer amanhã, quem vamos ver, pra onde vamos. Tem gente que planeja um dia inteiro, um mês, um ano... achando que a vida é um livro de receitas. Mas a vida é feita de improvisos!

"Se tudo está certo, mesmo assim a incerteza existe".

O que sabemos sobre a vida é da morte!

por Vilane Vilas Boas Rios

domingo, 24 de maio de 2009

= *



A LENDA DO BEIJO
kali


Dizia ele que os olhos dela
Metiam medo nele.
Ela não sabia porquê.
Então perguntou:
"Que medo é esse
Que sentes ao me ver?"


Ele então respondeu:
"Não é tanto o medo do que eu vejo
Quanto o medo do que tu vês:
O medo de que os olhos teus
Vejam nos olhos meus
O medo de te perder."


Então ela os olhos fechou
E ele os dele também cerrou,
E num beijo cálido
O medo que os abarcava
Num enlevo se acabou.


E como por encanto,
Depois daquele dia
Em que a luz do medo se apagou,
Jamais um amante sobre a terra
Que amor em seu peito encerra
De olhos abertos beijou.




=* 24/05/2008 =* Dia Especial!


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Jacobina e as minas de ouro...


Hoje, gostaria de postar esse texto apenas para trazer à luz uma história desconhecida por muitos.

"A década de 1980 em Jacobina pode ser assinalada como um período de euforia em razão da atividade mineradora que era muito incentivada por alguns segmentos da sociedade local. Reeditava-se o discurso da geração riquezas do país, do estado e do município, da geração de empregos e renda, discurso que terminava seduzindo um número significativo de pessoas não só de Jacobina, mas, sobretudo de outras localidades da Bahia e do Brasil. A maioria dos trabalhadores de subsolo da empresa mineradora era proveniente dessas áreas rurais. Sonhavam e acreditavam em um futuro melhor para si e para sua família. Nesse cenário, encontravam trabalho na mineradora que ofertava empregos em larga escala. Trabalharam e arriscaram suas vidas em uma atividade de risco, perfurando rochas abaixo da superfície, de maneira intensa e quase sem proteção e segurança. O trabalho que deveria ser um meio de vida em muitos casos conduziu aqueles trabalhadores à morte, produzindo acidentes e doenças. Uma dessas doenças, a silicose levou um número de trabalhardores ao adoeciemtno e de maneira mais radical à morte. O convívio com a silicose afetou de muitas maneiras a vida de mineiros e suas famílias. Em um primeiro momento, a desconfiança e, posteriormente, a confirmação da doença significaram tranformações no curso da vida, promovendo também alterações no cotidiano daquelas famílias. Ao se tornar incapaz para a atividade laborativa, o mineiro, portador de silicose, muitas vezes desenvolveu um sentimento de impotência diante da vida, tomando consciência de que o trabalho realizado, durante longos anos na empresa Morro Velho, o expulsara do mundo nomeado produtivo."

Esse texto eu retirei de um artigo da professora Sara Oliveira Farias e é resultado de algumas considerações que são analisadas na sua tese de doutorado, intitulada "Enredos e Tramas nas minas de ouro de Jacobina." Recife. UFPE, 2008. O artigo é muito interessante, analisa relatos de mineiros e suas famílias e tenta compreender através dos variados discursos produzidos, como se reconheceram nessas relações de tabalho, como tomaram conhecimento sobre a silicose e como assimilaram na memória esse período de suas vidas. Vale apena ler, eu recomendo! ;)

Obs: Sara Farias é Professora Doutora da UNEB - Departamento de Ciências Humanas Campus IV . Inclusive, é minha orientadora no TCC.

Bibliografia: FARIAS, Sara Oliveira. Tecendo histórias, contando a vida. In.: Narrativas, Experiências e Memórias. Vários Autores. Ex Libris: Guarapari-ES, 2008.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Há sempre um caminho a escolher...

<--- ??? --->




Desde criança fazemos escolhas, tomamos pequenas decisões. Decidir do que brincar, com quem brincar, que programa de TV assistir. Mas nessa fase quem toma as verdadeiras decisões por nós são nossos pais. É por isso que dizem que a infância é a melhor fase da vida, e eu concordo! Quando temos uma vida digna é a melhor época de se viver, sem preocupações, responsabilidades... Mas, enfim... quando crescemos temos que aprender a caminhar sozinhos, a escolher os nossos caminhos. E quando se aproxima a fase adulta a demanda de responsabilidade é maior. Muitos jovens conseguem se adaptar rapidamente a essa nova fase, mas outros passam por "maus bocados" ao se deparar com tantas exigências e, às vezes, acabam sofrendo uma crise existencial.
O que não devemos esquecer é que a vida é fulgaz e se continuarmos querendo voltar a infância ou aos nossos 15 anos corremos o risco de estacionar e de não viver a plenitude do presente. O grande desespero vem, quando nós, jovens, temos que assumir diante da sociedade o nosso papel de adulto responsável, bem sucedido.

Mas o que é que a sociedade nos oferece? Cobranças? Exigências? Estamos sempre colocados sob testes unificadores e homogeneizantes, como os vestibulares, as seleções de emprego, os concursos da vida. Algumas vezes somos aprovados e, na maioria, somos excluídos. Isso gera insegurança, sentimento de incapacidade, impotência e fracasso. A sociedade não oferece oportunidades mas está sempre querendo o melhor de nós. Esquecem que nem sempre o melhor de um é o melhor de outro e tentam nos enquadrar num padrão uniformizado, desrespeitando as diferenças.
Apesar de tudo isso, acredito que, para sabermos decidir sem frustrações ou arrependimentos posteriores, o mais difícil não seja escolher entre dois caminhos - entre duas faculdades, entre duas cidades, entre dois empregos ofertados na mesma semana, entre trabalhar ou estudar - mas, sim, em saber aonde queremos chegar.
O que realmente quero? É essa a pergunta que deve ser feita, pois quando se sabe o que quer fica mais fácil escolher os caminhos. Lembrando que existem, ainda, os fatores externos que estão sempre influenciando nossas decisões e até mesmo as circunstância da vida nos obrigam a fazer escolhas que não são exatamente o que queremos no momento.

Renúncias... é o que a vida nos oferece. A renúncia significa perder e ganhar ao mesmo tempo. Cada vez que renunciamos estamos deixando uma coisa pra traz em prol de algo maior. Ou não? Será que o que renunciamos é sempre menos importante do que o que escolhemos? As escolhas nem sempre são satisfatórias, mas muitas vezes são necessárias... enfim, como diria uma tal pessoa: "É assim mesmo!" ;)

"A gente é quem faz o destino da vida, Deus só participa com sopro de pai."

Boas Escolhas!
por Vilane Vilas Boas Rios



quinta-feira, 7 de maio de 2009

Uma Família Diferente


Pra Sempre Escalada

Nunca pensei em chegar aqui
Tantos amigos que eu conheci
Foi tanto chão e uma mesma história
Sempre buscando alcançar
O dom de amar a Deus através do irmão
Ser pessoa em oração
Deixar essa luz inundar a alma, como poesia

Brilhar na fé e semear
Ensinar a viver a palavra
Ser igreja sem hora marcada
Eu sei que é, difícil é...
Mesmo assim vou seguindo essa estrada
Eu vou ser para sempre Escalada

Eu sou, eu sou, eu sou, sou alpinista
Eu vou, eu vou, eu vou
Vem pra essa festa agora,
Não vai ficar de fora
Eu sou, eu sou, eu sou serviço e amor
Eu vou, eu vou...
Vem pra essa festa agora
Não vai ficar de fora.

Hoje, o que eu sou, o que aprendi devo ao Movimento Escalada. Sem dúvidas, o Escalada foi um divisor de águas em minha vida, assim como Cristo foi para a História da Humanidade. Sou grata a Deus por tantas conquistas alcançadas, meu crescimento pessoal, meu amadurecimento espiritual, meu conhecimento sobre Deus, meu aprendizado em ser serviço e em viver a lei do amor.
Nessa família conheci pessoas da luz que tenho um grande carinho, mesmo não estando mais aqui por perto. Fiz grandes amizades que levarei pro resto da minha vida.E, posso dizer que, na Família Escalada tive a oportunidade de enxergar com os olhos do coração e acolher pra minha vida uma pessoa maravilhosa que, hoje, é imprescindível em meu viver.

"Todo dia eu agradeço tanta gente que conheço, e num mundo tão avesso, essa gente não tem preço."

Uma vez alpinista, sempre alpinista...
AmOooo...


por Vilane Vilas Boas Rios








terça-feira, 5 de maio de 2009

Saudade... essa palavra que não tem tradução!

"Eu aprendi sem a gramática que SAUDADE não tem tradução."





Hoje, resolvi escrever sobre algo diferente, cansei dessas histórias acadêmicas que aprendi na faculdade. Pra mim, sempre valeram-me mais as coisas da alma, as experiências de vida - o que não deixam de ser histórias - mas essas, com certeza, estão mais próximas de mim e daqueles que entendem das coisas do coração.
Saudade... Saudade é a 7ª palavra mais difícil do mundo para se traduzir, segundo a opinião de mil tradutores profissionais. E acredito que sua tradução não seja difícil somente em outras línguas. Mas, explicar as verdadeiras sensações que sentimos, quando estamos com saudade de alguém, de algum tempo ou lugar, é quase impossível. Apesar de podermos nomear esse sentimento, tenho sempre a impressão que não consigo expressar tudo o que realmente trago no peito. É uma mistura de sensações, como se uma inquietude tomasse conta de mim: dor, amor, irritação... uma explosão de impulsos e, depois de alguns segundos, uma sensação de impotência. Essa impotência provém da impossibilidade de cessar esse caos e é por isso que minha saudade vem acompanhada, algumas vezes, de tristeza. Tem dias que a saudade chega a me irritar, me deixa estressada e mal humorada. Mas ainda assim eu gosto de sentir saudades, parece que ela me conforta e me coloca mais perto da pessoa que sinto falta.
E, além disso, vamos combinar que é muito bom saber que alguém sente saudade da gente, não é? Pois é, é através da saudade que podemos verificar a autenticidade do nosso amor pelas pessoas e saber, também, quem realmente nos ama.
Como diz o padre poeta: "A saudade é um lugar que só chega quem amou."


Hoje, o meu nome não tem tradução, quer dizer, podem me chamar de Saudade!



PS: Saudades do meu amor ♥ =/
Texto: Vilane Vilas Boas Rios