Imagine uma situação em que uma pessoa está correndo de um monstro bem feio e de repente se depara com um beco sem saída. "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come." Só há uma chance: lutar contra o mostro e derrotá-lo. Mas para destruir o mostro que a persegue, ela terá que pagar um preço muito alto: morrer.
MORRER para se libertar ou VIVER numa prisão para sempre? Eis a questão!
Alguém pode está se perguntando: E porque não matar o monstro e continuar viva? Pois bem, eu lhes digo: o monstro vive dentro dela.
E não é fácil matar os monstros que habitam em nós, pois eles, de uma certa forma, estão arraigados em nossos atos cotidianos. E o que mais incomoda é a consequência desses atos em nossas vidas, em nossas relações... nos faz pensar que somos incapazes de ser alguém melhor. Estamos sempre repetindo os mesmos erros e a sensação é de que SOMOS O PRÓPRIO MONSTRO.
Outro "engraçadinho' poderia perguntar: E porque não aprender a conviver com o hospedeiro?
Seria uma opção, há pessoas que o criam, o alimentam, e até o estimam. Quando se dão conta, estão criando algo maior do que elas, é como servir-se de bandeja para o perverso. Dominá-lo já seria impossível.
Se eu fosse essa pessoa que está no beco sem saída, travaria uma guerra e, embora as batalhas fossem diárias (entre vitórias e derrotas), não cansaria de lutar, não desistiria de ser uma pessoa melhor para mim e para os outros, morreria tentando... mesmo que os "outros" pudessem se cansar de mim, pois combater monstros alheios é complicado, cansativo... É bem mais fácil desistir de alguém que tem um monstro no armário do que se tornar aliado e ajudar na batalha. Isto é compreensível, no entanto, há quem enxergue além do monstro e veja o valor desse alguém.
De toda forma, a morte acontecerá e, ainda assim, acredito que a recompensa da ressurreição valerá toda a luta e sofrimento.
por Vilane Vilas Boas Rios
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