terça-feira, 21 de julho de 2009

Falta de Segurança Pública. E a culpa, é de quem?


Essa é sempre a pergunta que se faz quando acontece algo desagradável, acidentes irresponsáveis, e qualquer outro tipo de violência. Mas nem sempre temos um único culpado para as situações da vida, ou mesmo, não existem culpados. Fazemos parte de uma sociedade complexa e os fatores de causas e consequências não existem a priori. O que existem são emaranhados de fatos que se ligam em algum momento para conseguirmos explicações, se é que obtemos explicações.
O que está acontecendo com o mundo em relação ao problema da falta de SEGURANÇA PÚBLICA que se manifesta concretamente na violência, no trânsito, nas prisões, no tráfico de drogas, de armas e de pessoas, nas desigualdades sociais, na fome, na corrupção... não é culpa somente do Estado como muitos acham. É claro que temos o direito de ter acesso a vários serviços públicos que nos garanta a dignidade, a nossa integridade e de nossos bens. Mas se temos direitos, também temos o dever e a responsabilidade de preservar a ordem pública, e principalmente de contribuir para melhorar o ambiente em que vivemos.
Porque sempre nos eximimos da culpa? Das responsabilidades? A sociedade é constituída por todos nós (seres sociais). SOCIEDADE não é uma ENTIDADE que existe por si só! Somos nós que a construimos, são nossas ações que desencadeiam outras ações e que desencadeiam outras ações...e que formam um emaranhado de fatos. E a partir desse emaranhado construímos uma história que, aparentemente, é apenas pessoal, mas que acaba tomando proporções coletivas, pois não vivemos sozinhos. A todo instante pessoas cruzam nossos caminhos, nossa história. Somos, também, responsáveis pela história do outro, voluntária ou involuntariamente. Nossas atitudes podem gerar CONSEQUÊNCIAS DESASTROSAS na vida de alguém e muitas vezes nem pensamos nisso. Vamos a partir de AGORA repensar nossas atitudes e nos responsabilizar pela vida coletiva, pela HISTÓRIA do nosso país, da nossa cidade, do nosso bairro.
Se quisermos mesmo SEGURANÇA, temos que pensar além de Políticas Públicas eficazes, temos que pensar na RECONSTRUÇÃO da nossa CULTURA...
O que temos hoje é uma CULTURA de GUERRA em que posturas de VINGANÇA e ÓDIO são fundamentos de JUSTIÇA. E desconstruir uma cultura é algo extremamente difícil e lento, muito lento... Pra ser sincera, eu diria que leva séculos, pois as transformações nas "mentalidades", segundo a História, acontecem em um tempo muito longo. Mas penso que não é impossível, basta nos unirmos e cada um fazer a parte que lhe cabe na construção de uma CULTURA de PAZ. E só quando entendermos verdadeiramente o significado da palavra PAZ conseguiremos reconstruir nossa cultura. Paz não é apenas uma palavra bonita, um sentimento, estado de espírito, ou apenas propostas, paz é algo muito mais concreto do que podemos imaginar, é uma AÇÃO!
A Paz está nos gestos das pessoas, numa palavra de carinho e compreensão que dirigimos a um colega de trabalho, nas nossas posturas profissionais, nas atividades do dia-a-dia, na nossa convivência familiar e de amizades, enfim... são atitudes, comportamentos, modos de pensar e agir.
E ninguém ENSINOU tão bem sobre a justiça e a paz do que o meu amigo, braço forte, O PRÍNCIPE da PAZ. Jesus ensinou que devemos quebrar a rede de vingança e ódio que existe em nossa sociedade e que através do AMOR podemos TRANSFORMAR o MUNDO. Ele nos mostra que assim como a paz, o amor não é apenas sentimento, algo abstrato, mas é o Seu maior critério de ação. E esse critério de ação é poderoso e tem siginificado profundo: O amor transformado em ação, gesto concreto, entrega de si, reconciliação, serviço, gratuidade...
O Evangelho de Jesus nos convida a pensar diferente. Se quisermos a verdadeira justiça devemos pagar o mal com o bem, buscar não a violência, mas a superação. E a não violência não deve ser interpretada como OMISSÃO ou NÃO AÇÃO. Não violência não significa passividade diante das agressões ou injustiças sofridas. Significa não pagar com a mesma moeda, mas agir com outros critérios, como recusa na participação em atividades não construtivas. E é dessa forma que devemos começar o nosso protagonismo na construção da cultura de paz, adotando a não violência para quebrar toda rede de "olho por olho e dente por dente" substituindo-a pela tolerância, pelo diálogo e pela misericórdia como caminhos para superação de todas as formas de conflito.
Vamos conscientizar as pessoas das suas responsabilidades em construir um mundo melhor...
Vamos
AGIR para RECONSTRUIRMOS nossa cultura, e a melhor forma de fazer isso é aprendermos as lições desse Grande Homem que é JESUS.

SEGURANÇA É CRISTO!

por Vilane Vilas Boas Rios




Quem quiser saber mais sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2009:
http://www.cnbb.org.br/ns/modules/mastop_publish/?tac=623

9 comentários:

Véu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Véu disse...

muito oportuna a reflexão... concordo plenamente: todos somos responsáveis pela sociedade. a cidadania está justamente nesse sentimento de identidade, pertença e responsabilidade social. O que falta é a granda maioria se conscientizar disso: a mudança está em cada um e em todos nós, conforme diria Castells. Abs

Thiago Maia disse...

Menina Vi, mandou muito bem ai! Gostei dos argumentos e da forma que foram relacionados. Todos temos culpa, desde o momento que deixamos de cumprir com a lei até o momento que escolhemos os safados que nos governam. E é um caos global, visto que a religião, como citada por ti, pode levar à salvação, em outro ponto de vista, infelizmente, é motivo de guerras [Faixa de Gaza]. Fala mesmo muito amor e reciprocidade nessa vida. Amar a humanidade é fácil, difícil é amar próximo, como diria Luciano De Crescenzo!

BEIJO

Anônimo disse...

Mas independente de religião, se todos vivessem a paz e o amor concretamente o mundo seria diferente e não não haveria guerras, muito menos em nome de Deus.

* Bjo pra vocêsss!!!

Senhorita Íris disse...

Adorei o texto!!! Muito bem escrito!! rsrs
Beeijo..ahhh concordo com tudo isso!!

Dora Casado disse...

Oi, Vilane!
O todo é feito de partes, de detalhes. Todo mundo sabe disso, mas parece esquecer na prática. Com a sociedade não é diferente. Cada um culpa a outros e ao mesmo tempo todo mundo age como se suas ações fossem insignificantes, como se não fizesse diferença. E assim, vamos afundando cada vez mais.
Uma pena.
Sobre a religião, eu vejo que o problema maior é a religiosidade arraigada em cada um. A prática nas igrejas vai meio que acostumando as pessoas a criarem estereótipos para si mesmas. A essência de Deus é o amor e quando se incorre nos parâmetros religiosos, às vezes o amor fica meio esquecido...
Um cheiro grande.

Nathalie disse...

Adivinha onde cliquei p vc? rsr
bembem bem, to com uns produtinhso viajando ainda kkk dá uma olhada bj

Nathalie disse...

ai, escrevi errado algumas coisas, masss releve rs:)

Véu disse...

foi em Jacobina sim, lá no Coxo. nao dá p/ visualizar muito bem no blog, ela tá melhorzinha, rs. abs